quarta-feira, 10 de março de 2010

Da janela da escola

Roubamos o fogo dos deuses.
Estabelecemos que o sol seja alimentado pelos filhos da desigualdade.
Sinto-me um vendedor de ilusões e de frágeis saberes.
Inventaram um cérebro artificial para ficar acoplado as nossas mentes.
Conheci, a muito tempo, o amor translúcido.
Os cães latem ao meu redor.

Permita que o silêncio invada os corredores das lojas.
Que o consumo seja trocado pelo monótomo som das palavras.
Poetas desconstruíndo o caos.

A lista de chamada é a lista daqueles que devemos fazer renascer.
As escolas estão cheias de cadeiras vazias. Kafka.
As escolas estão cheias de cabeças vazias. Calasans.
Aumentaram ainda mais a fila.

O Estado molha, irriga, as sementes da desigualdade.
O governador e sua burocracia defecam números para colocar nos rabos de suas cadelas.
As aquarelas, são amores que guardamos em nossas memórias.
Assassinamos a possibilidade de ver o outro lado de nossas vidas.
Assassinamos a possibilidades de sermos felizes.
Agradecemos os burocratas do capitalismo a bala perdida, a vida perdida e as ilusões perdidas.
Quando iremos ler As flores do mal?
Quando teremos a sensação de que um fantasma não nos segue?

Um comentário:

katia disse...

e sabe o que diz o princípio da isonomia,ou igualdade?da qual o Estado usa como norte?
tratar os iguais de maneira igual e os desiguais de maneira desigual,na medida de suas desigualdades.
chega a ser conflitante na nossa suposta mente vazia.
sabe,as vezes gostaria de ter realmente a mente vazia,assim não ficaria indignada pela nossa suposta lucidez.
beijo