quinta-feira, 27 de março de 2014

Atividade Egito Antigo. Mumificação.

Mumificação

A preocupação com a vida após a morte constitui característica essencial da cultura egípcia antiga, e refletiu-se na adoção de práticas funerárias bastante incomuns, como a mumificação - tida como a garantia da existência eterna. Conforme demonstram claramente muitos registros, os antigos egípcios sabiam que o corpo físico jamais iria renascer. Mas as partes etéreas que formavam um ser humano, como o Ká - comumente traduzido por “espírito” - precisavam se identificar por completo com o corpo ao qual pertenciam. Logo, este deveria ser preservado. A destruição do corpo acarretava a destruição das partes espirituais e, conseqüentemente, a perda da vida eterna. O costume foi relacionado ao culto do deus Osíris, a divindade mais popular nos tempos faraônicos, senhor do além-túmulo. 

Embora a prática da mumificação fosse amplamente difundida, os antigos egípcios não deixaram relatos concretos sobre ela. Não foi encontrado até hoje nenhum papiro que trouxesse orientações sobre as várias etapas do processo - para muitos egiptólogos é improvável que algum seja encontrado, ou que tenha sequer existido. Os registros iconográficos também pouco revelam: cenas em algumas tumbas tratam somente dos enfaixamentos finais do corpo, tema de que também trata um texto conhecido por “Ritual do Embalsamamento”. Isso leva a crer que os egípcios consideravam-na muito sagrada para ser documentada - seja em escritos ou em representações. O conhecimento do processo era passado em vias de tradição oral. Existe, porém, o relato de Heródoto, viajante grego que esteve no Egito no ano 450 a.C. e descreveu como era feita a mumificação no Livro II de sua obra História. Na verdade Heródoto relatou o que sacerdotes lhe informaram, não tendo efetivamente testemunhado o que escreveu. Embora a prática já estivesse em decadência naquela época e alguns detalhes apresentarem-se errôneos ou incompletos, sua descrição tem sido uma das maiores fontes para o estudo da mumificação egípcia antiga.


Podemos considerar os embalsamadores, ou mumificadores, como sacerdotes-médicos. Além de detentores de amplos conhecimentos de anatomia, executavam também as cerimônias ritualísticas que deveriam acompanhar o tratamento do corpo, garantindo-lhe uma proteção espiritual. Essas cerimônias aconteciam em cada estágio do processo de mumificação. O principal sacerdote que dirigia os trabalhos de mumificação era chamado de hery-seshta, “chefe dos segredos”, e representava Anúbis, o deus-chacal da mumificação. Poderia usar uma máscara na forma da cabeça do referido animal, para assim salientar sua identificação com a divindade. Não devemos esquecer que, segundo as lendas, Anúbis mumificara o corpo de Osíris, fazendo-o ressurgir da morte. Sendo assim, a pessoa que ficasse sobre “os cuidados das mãos de Anúbis” receberia os mesmos cuidados que teriam sido dispensados a Osíris - por extensão, garantiria sua ressurreição.

O primeiro estágio da mumificação era realizado no ibu-en-wab, “tenda da purificação”. Depois o corpo era levado ao wabet, “casa da purificação”, também chamado de per-nefer, “casa da regeneração” - um recinto cercado, dentro do qual erguia-se uma tenda ou barraca, onde o corpo era deitado num suporte de madeira. Tanto o ibu-en-wab quanto o wabet eram estruturas móveis, facilmente montadas e desmontadas, feitas de madeira. Em geral eram fixadas no lado oeste do Nilo, onde se situavam a maioria das necrópoles nos tempos faraônicos. Parte do trabalho era feito ao ar livre, dado aos odores provenientes dos corpos em tratamento.

Processo demorado, durando cerca de 2 meses e meio, a mumificação envolvia dois procedimentos básicos: 1°) evisceração, ou retirada de órgãos - cérebro pelas narinas, vísceras por um corte no abdômen; estas últimas eram em seguida depositadas em vasos, chamados pelos egiptólogos de canópicos, que ficavam sob a proteção de divindades especiais. 2°) desidratação, ou retirada da umidade do corpo - nesse sentido, cobriam o cadáver com natrão, um composto de sódio, por pelo menos 40 dias, ao final dos quais só restavam pele, ossos e carnes endurecidas. Seguia-se, durando cerca de 2 semanas, o enfaixamento com bandagens de linho, entre as quais depositavam-se jóias e amuletos de proteção. 


Apesar dessa preocupação evidente com a preservação dos corpos, os antigos egípcios, ao contrário do que comumente se pensa, jamais foram obcecados pela idéia da morte e do além-túmulo. Amavam a vida terrena acima de tudo, e achavam que nada valia em troca dela. A morte era vista como uma passagem para a outra vida, onde se levaria uma existência semelhante à da terra. Era para esta nova existência que deveria ser feita uma cuidadosa preparação - incluindo a mumificação - o que permitiria à alma um desfrute pleno e eterno da felicidade que lhe aguardava no além.


Atividade.
1.      Copie em seu caderno o trecho em negrito.
2.      Por que os egípcios mumificavam seus mortos?
3.      Quais os trabalhos desenvolvidos pelos sacerdotes-médicos?
4.      Qual era o trabalho desenvolvido pelo “chefe dos segredos”?

5.      Descreva o processo de mumificação.

domingo, 23 de março de 2014

Resumo Paleolítico e Neolítico


Paleolítico
§ período mais longo da história humana.
§ nômades.
§ caçadores e coletores.
§ se estabeleciam em locais protegidos.
§ utilização e domínio do fogo.
§ primeiras manifestações “artísticas” e “religiosas”.
§ forma rudimentar da linguagem.
§ propriedade coletiva.
§ divisão social do trabalho.
§ instrumentos, ferramentas e utensílios de pedra lascada.
§ viviam em bandos.
§ chefe era o mais velho.

Neolítico
§ período de transição para o neolítico.
§ utilização do arco e flecha, lanças.
§ utilização de utensílios de argila.
§ modificações no ambiente terrestre se refletiram nos hábitos dos homens.
§ sedentarização de alguns grupos.
§ desenvolvimento da arte rupestre ( “refinamento”).
§ Revolução Neolítica .
o Agricultura.
o Pecuária.
o Construção de canoas.
o Jangadas.
o Triturar e armazenar alimentos.
o Casas de madeira, tijolos, pedra, barro.
o Surgimento das primeiras “propriedades privadas”.
o Aparecimento das desigualdades sociais.
o As primeiras cidades surgiram às margens dos rios.



As cidades abriram espaço para a especialização do trabalho dividindo a sociedade.

1.  No campo a diferenciação se dava através da divisão dos lotes de terra, provocando endividamento e êxodo para as primeiras aglomerações populacionais.
2. surgiu a partir do excedente produzido o Comércio.
3. houve a substituição dos tradicionais chefes de famílias por uma estrutura poder que era aceito pela maioria.
4. A coordenação das obras hidráulicas ficou a critério do Estado que criou uma “certa burocracia” para auxiliar o rei a governar.
A identidade do homem americano

1. Existe muita discussão sobre os primeiros homens americanos.
2. Niède Guidon, arqueóloga responsável pelas escavações no sítio arqueológico da Pedra Furada afirma que os registros datam entre 33 mil e 58 mil anos de idade. ( Tese refutada pelos arqueólogos dos EUA)
Hipóteses sobre os primeiros homens americanos

1. A primeira afirma que o homem americano surgiu no próprio continente ( autóctone – tese refutada)
2. A segunda defendida por estudiosos do Sítio Clóvis nos EUA. Os homens chegaram pelo estreito de Bering.
3. A terceira supõe que grupos migratórios navegaram pelo Oceano Pacífico ( Malaio-Polinésia)
Os primeiros brasileiros

1. Até o final da década de 90, a hipótese de Clóvis era inquestionável, ou seja , o homem teria ocupado a América há não mais que 11.400 anos;
2. No Chile encontrara uma ossada com 12.300 anos. Esse fato gerou a localização de novos sítios arqueológicos.
3. Em Lago Santa (MG) encontraram vestígios e fósseis com mais de 11 mil anos. Em 1999, Walter Neves, concluiu com o fóssil de 11.500 anos era feminino e tinha feições negróides. Esse fóssil recebeu o nome de Luzia.
4. Sambaquis = amontoados de mariscos e conchas. São sítios arqueológicos. Encontra-se principalmente no litoral de Santa Catarina.
 Fonte deste texto.